[Review] Vikings S01 E02: Wrath Of The Northmen

21 de março de 2013


Depois de decidir que não iria mais esperar pela decisão do Earl de rumar para o oeste, e construir seu próprio barco, Ragnar, agora precisa conseguir uma tripulação de confiança e disposta à arriscar a própria vida numa jornada em mar aberto.

É tentando conseguir essa tripulação que o segundo episódio de Vikings começa. Wrath of the Northmen deixa claro o tom da série que já deu indícios desde o primeiro episódio. Isto é, Vikings não é uma série de combates épicos e violência. É uma série de drama. Ragnar e Rollo vão até a casa de Erik para tentar reunir os homens para sua tripulação. Lá, sob a perspectiva de riqueza e chances de honrar os deuses, ele consegue a tripulação que desejava.

Um ponto interessante é que, pelo menos para mim, o argumento decisivo para convencer os homens não foi o tesouro prometido do oeste, mas, sim, a oportunidade de honrar os deuses com atos e histórias. Esse aspecto é condizente com os atuais estudos que mostram que os nórdicos tinham um código de conduta baseado em honra muito mais do que em outros aspectos.

A reunião de Ragnar foi feito em sigilo absoluto e, obviamente, não demorou nada até o Earl Haraldson ficar sabendo dela. Como recompensa ao informante que arriscou sua honra em nome do Earl ele, obviamente, resolve testar a lealdade do homem!


Sim!

Num teste de honra que só poderia ser classificado como "dúbio", o Earl oferece sua esposa ao homem. E, quando o homem vai se deitar com ela, o Earl o mata.

Pois é.

Nesse meio tempo Ragnar e Lagertha discutem sobre a partida de Ragnar para o Oeste. A discussão é o que poderia ser classificada como "calorosa" com os dois trocando socos e chutes enquanto Lagertha deixa claro, para quem ainda tinha dúvidas, que ela ainda vai fazer muito sangue jorrar. No fim, ela acaba por dar razão à Ragnar e concorda em ficar para cuidar da fazenda e deixar que ele parta sozinho.

No dia seguinte, os preparativos finais estão sendo feitos para a partida do navio. E, uma cena familiar para quem conhece o manuscrito de Ahmad Ibn Fadlan acontece.

“Toda manhã uma garota escrava traz uma tina de água e a coloca diante do seu amo. Ele começa a lavar o rosto e as mãos, e depois o cabelo, penteando-o sobre o recipiente. A seguir, ele assoa o nariz e cospe na tina e, sem esquecer qualquer sujeira, junta tudo nesta água. Quando ele já terminou, a escrava carrega a tina de um para outro, até que cada um na casa tenha assoado o nariz e cuspido na tina, e lavado o rosto e o cabelo.”

Acontece exatamente assim.

Entretanto, há uma grande divergência sob a veracidade dessa descrição de Ibn Fadlan e, talvez, não tenha sido tão acertado assim incluir uma cena tão específica na série, principalmente para aqueles que buscam referências reais na história.

Os homens se lançam ao mar e, quando a tempestade começa a açoitar o navio, a confiança de alguns tripulantes começa a minar. O navio caminhava para um desastre quando Floki diz que a tempestade, na verdade, era um brinde de Thor à bravura dos homens e a névoa de pavor que ameaçava se dissipa.

Enquanto isso, no oeste, os monges de Lindisfarne sentem a fúria da tempestade, e começam a ver nela sinais de um apocalipse vindouro.


Em terra, Earl Haraldson busca aqueles que o traíram, com auxilio de Knut, um dos homens presentes na reunião de Ragnar na casa de Erik, e aos poucos vai fechando o cerco sob Ragnar.

Finalmente o navio atraca nas terras do Oeste, nas Nortúmbria, um dos quatro reinos que compunham a Inglaterra. E lá, Ragnar e os outros não encontram a menor resistência por parte dos monges.

O ataque ao mosteiro de Lindisfarne é historicamente considerado o evento que deu início à era dos Vikings. Antes disso, não havia necessidade de defesas elaboradas nem armadas em templos religiosos porque, de forma geral, os templos eram intocados pelos próprios cristão. Mas, a chegada dos homens do norte, desdenhando do deus-pregado, veio a mudar esse cenário.


Os monges foram massacrados, retirados dos mais improváveis esconderijos e mortos sem piedade. Alguns poucos foram poupados. Entre eles Athelstan, um monge que é salvo por Ragnar porque sabia falar o idioma dos nórdicos.

Fumaça e sangue se espalham pelo mosteiro. Os homens do norte voltam para seu navio abarrotados de ouro.

A era dos Vikings começou.

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