[Coluna] Pagando de Pagão #003

15 de julho de 2013


Haill grades e pequenos filhos de Heimdall!

Divagando sobre questões complicadas, sobre vida após a morte e sobre onde possivelmente teriam ido pessoas queridas, resolvi, já que minha contribuição está bastante relaxada, redigir algumas palavras.

Escrevemos, Rodrigo Tonon e eu, um pequeno artigo iniciando um estudo sobre as concepções de vida após a morte no período viking, que participou de duas iniciações científicas e foi, vejam só vocês, agraciado com algumas premiações. Mas, apesar de interessante, não é minha intenção repetir aqui o que escrevemos nesse artigo, mas sim encruzilhar o assunto para tempos hodiernos, da forma menos formal possível.

Esquecendo o maniqueísmo rotineiro e a definição simplista de céu e inferno, Valhalla e Hell, podemos considerar que, de acordo com a antiga fé, existiam vários destinos para as almas, e que vários Deuses eram responsáveis por “encaminhá-las” a eles. Mas, e hoje, como é que podemos saber, ou mesmo esperançar, sobre quem vai para onde? Complicadíssimo assunto. Mesmo assim, acredito que vários já tenham visto alguém levantar a voz e esbravejar que pretende ir para o Salão do Pai Odin depois da morte. Vontade, todo mundo tem.

Quando lemos sobre antigos heróis e sobre o capricho dos Deuses, vemos em várias ocasiões a necessidade de morrer em batalha, ou com a espada em punhos para que se tenha o direito de entrar no Valhalla, mas vivemos em uma sociedade diferente, e não andamos por aí (ou pelo menos não deveríamos andar) armados com espadas, pelas ruas, como se uma batalha épica fosse sair de traz da moita a qualquer momento. E também, pessoalmente, não acredito que armas de fogo sejam a chave para um quartinho nos fundos do Salão do Velho...

Nossos costumes são diferentes, e querendo ou não, temos leis diferentes e hábitos diferentes, de modo que levar coisas assim ao pé da letra pode ser tão perigoso quanto alguns exemplos de religiosidade ferrenha que presenciamos nesse mundo, como pessoas explodindo outras por um paraíso cheio de virgens ou mesmo mulheres que não aparam seus pelos e tomam banho de roupa pra não se verem nuas e ficarem tentadas. Não pretendo, de forma alguma, difamar a religião alheia, porque não admito sofrer tal abuso, mas considero que qualquer coisa extremizada pode se transformar em um grave problema rapidamente.

Então, como não existe receita mágica para uma vidinha que leve com certeza sua alma para um destino previsto, o que busco fazer é me apegar aos conhecimentos que adquiri e venho adquirindo até agora, como, novamente citando as Nove Nobres Virtudes, pensar que ter coragem e trabalhar com perseverança e disciplina pode agradar Thor, ou ser fiel e verdadeiro pode me deixar próximo da Senhora Fréya, ou até mesmo ser independente, honrado e hospitaleiro pode chamar a atenção do Sábio Odin.

E lembrando, mesmo sabendo que a resposta para todas as questões da vida do universo e tudo mais é 42, lembre-se que ainda é preciso saber fazer a pergunta certa.

Wassail!

2 comentários:

  1. Cara, essa realmente é uma questão complicada.
    Um amigo meu sempre diz: "Vou para onde os Deuses decidirem que devo ir."
    Gostaria de ler o seu artigo, poderia me passar o link?
    Obrigado desde já e parabéns pela coluna, aguardarei ansioso pelas próximas.

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  2. Vou ajudar o blog um pouco :)
    Todas as postagens que achar de alguma forma interessante para o público da minha página irei compartilhar.
    Minha página >>> www.facebook.com/metalrode

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